A colaboração como modelo de negócio

Publicado em 06 de setembro de 2018

Muito tem sido dito, escrito e contado sobre os modelos de negócios win-win. Uma prática de negociação em que ambas as partes têm expectativa de obter lucro.

No entanto, em uma época de tamanhas mudanças, o modelo já se mostra defasado. A base para construir relacionamentos de longo prazo não pode depender exclusivamente de ambas as partes vencerem. Muitas vezes isso, inclusive, se torna um freio para se fechar acordos. E é aí que a economia colaborativa se torna peça chave para o desenvolvimento socioeconômico de todos.

A colaboração não é um modelo aritmético, é um estilo gerencial que cria redes de longo prazo, independentemente dos “ganhos” que cada uma das partes obtém dela.

Nesse novo modelo você:

– Cria uma rede real

– Admite que a ajuda é necessária

– Aceita que que os benefícios serão de longo prazo

– Se abre à reciprocidade

Estes são os pilares da nova era que, por meio das tecnologias e plataformas digitais, estão transformando as formas de se fazer negócio.

Mas o que exatamente são cada um destes pilares?

Rede Real

Trata-se de um diálogo focado em fazer negócios. Nada daqueles coffe breaks tradicionais, onde falamos sobre eventos recentes e trocamos cartões de visita. Aqui, você deve assumir a postura de vendedor e comprador. Afinal, se apenas vendedores se encontrarem para fazer networking, ninguém vai sair com nada comprado.

Aceitar ajuda

A colaboração deve ser franca e direcionada aos tópicos em que você precisa de ajuda. Por outro lado, você deve ajudar seus colegas nos assuntos relevantes.

Entender que os benefícios são de longo prazo

Isso nos permite assumir mais flexibilidade na negociação. Uma espécie de “hoje para você, amanhã para mim”.

E, finalmente, a abertura

A colaboração não é uma negociação (nem mesmo um win-win no sentido tradicional). É possível que ao colaborar, o outro obtenha mais benefícios, e pode até não haver benefícios a curto prazo pelos quais ele se ofereceu para colaborar, no entanto, isso não deve ser um freio.

Na colaboração pode haver uma parte que ganhe mais que a outra e não há nada de errado nisso. O que deve ser mantido em mente é o valor gerado e as possibilidades futuras, que de outra forma não existiriam.

O desafio do modelo de colaboração para o empreendedor é a perspectiva de monetização do mesmo; isto é, a colaboração não reflete na demonstração de resultados ou no fluxo de caixa no curto prazo.

No entanto, ela abre portas que podem ser exploradas a longo prazo.

Essa é a perspectiva que você deve ter antes de fazer a pergunta: e aí, o que vamos ganhar?

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