O que o melhor jogador do mundo pode ensinar sobre o mundo dos negócios?

Publicado em 29 de dezembro de 2017

Vamos aos fatos: mesmo quem não gosta ou acompanha o futebol, sabe quem é Lionel Messi, vulgo, melhor jogador do mundo — mais de uma vez.

Mas nem sempre foi assim. Talento com certeza nunca o faltou. Aos 4 anos, Messi driblava garotos com o dobro da idade. E por isso, logo cedo entrou para um pequeno time de futebol de bairro. Isso até um desentendimento entre o treinador e seus pais que resultou na saída dele do clube.

Aos 7 anos voltou a treinar em outro pequeno time: o Newell’s Old Boys. Até que 4 anos depois, outra rasteira da vida: Messi foi diagnosticado com uma doença óssea que prejudicava seu desenvolvimento físico. Por mais de um ano ele teve de tomar injeções diárias, além de ficar longe dos campos.

Com a Argentina em crise, os pais de Messi acharam por melhor manda-lo para Europa. E aos 13 anos, ele passou a morar com uma tia na Espanha. Foi lá que um olheiro descobriu o talento do jovem de 1,40 de altura e o levou para treinar no Barcelona.

O resto dessa história todos conhecem.

A analogia entre Messi e o ato de empreender é muito próxima, bem mais do que muitas pessoas são capazes de perceber.

Treino é o que separa amadores de profissionais. O que fez Messi ser o melhor jogador do mundo foram os anos e anos de treino e persistência.

Nos negócios não é muito diferente. Empreender não dom. Empreender não é sorte. Empreender não é só talento. Empreender é treino, aquisição de conhecimento. Dedicação e investimento (de tempo e de dinheiro).

K. Anders Ericsson, importante psicólogo, defende que a diferença entre uma pessoa mediana e um mestre são de exatamente 10 mil horas de prática. E a regra vale para tudo. Desde jogar futebol até administrar uma multinacional. Qualquer atividade exige tempo para aprender e amadurecer.

A jornada rumo ao desempenho estelar não é para quem desiste fácil, nem para quem é impaciente. Para atingir verdadeira tarimba é preciso esforço, sacrifício e uma autocrítica sincera” — K. Anders Ericsson

Ericsson, com sua teoria, nos faz uma provocação sobre como levamos nossas vidas e sobre o que fazemos com o pouco tempo que nos é dado.

Uma jornada de 10 mil horas de treino equivale a 3 anos e meio de dedicação intensa e foco total, 8 horas por dia, 7 dias por semana. Isso mesmo: treinar inclusive aos finais de semana e feriado. Cada minuto conta para quem almeja o topo.

No pain, no gain.

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